La Cruzada - Canção Federal oriental sobre a guerra da Cisplatina

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Category:  Music

 
   

SDV II

 

Published on Dec 10, 2021

Aproveitando que a canção anterior também foi sobre independência... eis...

Em 1825, quase todo o continente da América do Sul havia conquistado a independência dos Espanhóis. Com a batalha de Ayacucho, em 1824, acabou o domínio espanhol. E ao saber do resultado da batalha de Ayacucho, Lavalleja decidiu redobrar os esforços para alcançar a tão sonhada independência da "Banda Oriental" (território que hoje é o Uruguai e parte do Rio Grande do Sul) do domínio brasileiro (Em 1820, era domínio português e depois, com a independência do Brasil, passou para as mãos do Império do Brasil).

Isso resultou na formação de um grupo de 33 homens, Federalistas e antigos oficiais de Artigas (Que naquela época estava exilado no Paraguai), que empreenderam uma viagem ao território oriental pelas águas (No Río da Prata, também entraram no delta do rio Paraná, navegaram principalmente à noite, para evitar a vigilância da frota do Império do Brasil). O primeiro destino foi a Ilha do Brazo Largo, onde acamparam por quatro dias, após os quais decidiram que era hora de tentar a travessia para a costa leste do rio Uruguai. Obtiveram exito pois, em 19 de abril de 1825, os trinta e três orientais desembarcaram na praia de "La Agraciada" e exibiram a bandeira de três faixas horizontais: Vermelha, azul e branca, cores tradicionalmente utilizadas desde a época de Artigas (E não, os Platinos das Provincias unidas do Rio da Prata não se davam bem com os Orientais, muito dos trinta e três orientais tinham um ódio pelo governo de Buenos Aires).

No caminho se juntaram a outros contingentes de milicianos e o grupo conseguiu ocupar primeiro Dolores e depois Villa Soriano, avançaram ao sudeste exceto Mercedes, cidade essa que era muito bem defendida pelo Império. A partir daí, mais ocupações se seguiram uma atrás da outra, Lavalleja organizou o governo do território libertado e finalmente vieram as decisivas batalhas de Rincón e Sarandí, que libertaram completamente a Banda Oriental da ocupação brasileira, a guerra da Cisplatina foi uma consequência direta para a queda da popularidade de Dom Pedro I.
 
Na imagem está Juan Antonio Lavalleja que liderou os Trinta e Três Orientais.

Música de Tabaré Etcheverry.

▪Letra/Lyrics:

Hace cinco años, vidalita
que son años negros
el jefe exilado, vidalita
nos manda al imperio.

Son cinco años que muestran las fisuras en la gente.
Orientales que complotan
y Orientales que se venden.
en el cielo de la patria
trazan sus círculos negros
los cuervos que están campeando
la carroña del imperio.

Mas por suerte hay hombres puros
hay hombres de Cerno entero
que no los pudre el halago
ni los ablanda el dinero.
La libertad encadenada
deja de sentir temores.
Por la oscuridad del río
viene gente en dos lanchones.

Al borde de la Playa de la Agraciada
bajan de las lanchas de madrugada
despliegan la bandera
"Libertad o muerte",
dispuestos a jugarse
la misma suerte.

Un bramido de toros
rasga el otoño
cuando todos contestan:
"Sí, Juan Antonio".

A la huella, a la huella
y aquí termina
el apodo bayano de Cisplatina
laralay...lara...layla...
...el apodo bayano de Cisplatina.

Treinta y tres Orientales
treinta y tres hombres
que juntaron el coraje de la tierra
que preñaron a la gloria de heroismo
para hacerla parir, la patria nueva.

Monten todo a caballo
marchen ligero
a correr a punchazos a los brasileros.
A medida que pasan
gauchos los siguen
al frente Lavalleja y Manuel Oribe
y así en la piedra alta
de la Florida
declaran la provincia
libre y unida.

A la huella, a la huella
y aquí termina
el apodo bayano de Cisplatina
laralay...lara...layla...
el apodo bayano de Cisplatina.

Los llanos de Sarandí
nace de pronto a la historia
por una carga furiosa
que va redoblando a gloria

que han tendido los gauchos
y adelantado los corvos
que parece que viniera
una carga de unicornios.

Adelante Lavalleja,
lleva la muerte en ancadas
y la muerte también lleva
y carabina a la espalda.

A la huella, a la huella
así termina
el apodo bayano de Cisplatina.


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